BONS EXEMPLOS AO REDOR DO MUNDO | GOOD EXAMPLES AROUND THE WORLD

A Adaptação Climática está viva nos territórios! Acesse nosso banco de cases com soluções inspiradoras de todas as partes do mundo.

Adaptação na Agricultura

1 BARRAGINHAS
Amazônia, Brasil

O projeto promete ser um apoio às comunidades nos desafios da Adaptação Climática com a implementação das “barraginhas”, que é um sistema de contenção de água da chuva projetado para capturar o excesso de água, controlar a erosão do solo e melhorar a infiltração da água, alimentando assim o lençol freático. A iniciativa é complementada pelo cultivo de plantas nativas, trabalho de base agroecológica, contribuindo para a conservação da biodiversidade da região. Está é uma tecnologia ‘importada’ da experiência da caatinga, que são verdadeiros experts em Adaptação Climática para resiliência hídrica de baixo custo.

2 ANDES RESILIENTES
Bolívia, Equador e Peru

Apoia produtores da Agricultura Familiar Andina (AFA) na Bolívia, Equador e Peru para aumentar sua resiliência e capacidade de adaptar seus meios de subsistência, alcançando melhorias em sua segurança alimentar e hídrica. Projeto da Fundação Avina.

3 NANUN MULHERES
Argentina, Bolívia e Paraguai

É uma iniciativa da Fundação Avina que coloca as mulheres como agentes de mudança por meio da conectividade rural e inovação aplicada para melhorar suas capacidades de Adaptação e resiliência no desenvolvimento de suas organizações e do ambiente produtivo. É desenvolvido no Gran Chaco Americano. Promove renda, inovações disruptivas para Adaptação e resiliência.

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4 MARAJÓ RESILIENTE
Pará, Brasil

Iniciativa dedicada a fortalecer a resiliência climática de agricultores familiares e comunidades tradicionais no arquipélago do Marajó, no Pará – que é símbolo da vulnerabilidade climática e está estigmatizada com as reportagens sobre prostituição infantil. Reúne estratégias das comunidades locais para se adaptarem e prosperarem, combinando saberes ancestrais a soluções inovadoras e assistência técnica especializada. Projeto da Fundação Avina, colabora para desmistificar aspectos da Adaptação. Narrativa de esperança ativa.

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5 PELUM ZIMBABWE
Zimbábue

A Participatory Ecological Land Use Management é uma ONG do Zimbábue que trabalha com organizações de agricultores locais para divulgar práticas regenerativas que melhoram a segurança nutricional, os meios de subsistência e a sustentabilidade ambiental em todo o país. O programa de aprendizagem é focado na regeneração de animais e terras, com o objetivo de fortalecer a resiliência dos agricultores locais à seca e incentiva a transição do pastoreio intensivo de animais para o pastoreio rotativo. Essa prática resulta em melhoria do solo, das pastagens, da saúde do gado e das pessoas, além de aumentar a retenção de água no solo, contribuindo coletivamente para a resiliência à seca. O programa também envolve políticos em nível local, regional e nacional para promover a compreensão e o apoio a práticas regenerativas como essas em todo o país.

6 SAND DAMS WORLDWIDE
Malawi

A instituição do Reino Unido apoia algumas das populações mais pobres do mundo por meio da conservação da água e do solo em regiões áridas, promovendo segurança hídrica e alimentar, além de restaurar áreas degradadas. A SDW incentiva a construção de represas de areia em leitos de rios sazonais nas zonas áridas do Malawi, em parceria com a Churches Action in Relief and Development (CARD). As represas de areia são uma solução natural de captação de água da chuva, capazes de armazenar até 40 milhões de litros de água na areia que se acumula na parede da represa. O projeto visa acesso contínuo a água potável para mais de 8 mil pessoas, além de permitir que mulheres substituam a tarefa de coleta de água pelo cultivo da terra, incluindo a participação no programa de agricultura resiliente ao clima da CARD.

7 ADAPTAÇÃO CAFEEIRA
Uganda

O café é uma das exportações agrícolas mais significativas de Uganda, mas o aumento de secas, pragas e doenças reduziu muito seu rendimento e valor. Como alternativa, muitos agricultores ugandenses estão integrando o café com outras culturas para aumentar a resiliência. Por exemplo, o uso de árvores de sombra, como Grevillea robusta e espécies indígenas, ajuda a moderar as temperaturas e melhorar a fertilidade do solo. Um estudo do World Agroforestry Centre mostra que os agricultores que adotaram práticas agroflorestais relataram um aumento de até 25% na produtividade do café.

8 ADAPTA SERTÃO
Bahia, Brasil

Na região semiárida do Nordeste do Brasil, um empreendimento chamado Adapta Sertão foi desenvolvido para ajudar os pequenos produtores a se adaptarem aos impactos das mudanças climáticas. O projeto trabalha para criar meios de subsistência sustentáveis para pequenos agricultores, ajudando a garantir a segurança alimentar e a renda estável, apesar das chuvas imprevisíveis. Um dos exemplos é Pintadas, Bahia, onde o foco na tecnologia de irrigação por gotejamento trouxe maior eficiência e oportunidades produtivas para os pequenos agricultores.

Adaptação nas cidades: soluções urbanas

1 PLANEJAMENTO URBANO DE NOVA IORQUE
Estados Unidos

O Plano de Resiliência da prefeitura de NY é composto pelo mapeamento das áreas de risco da cidade, ações coordenadas com as comunidades e Adaptação da infraestrutura urbana. O zoneamento urbano vem sendo realizado baseado nos riscos climáticos de cada bairro, considerando o avanço do mar nas áreas costeiras, inundações por chuvas torrenciais e ondas de calor. As estratégias de resposta e resiliência são específicas para cada região, assim como as ações educativas e de comunicação. Para cada risco identificado, são propostas soluções de infraestrutura, como aumento da cobertura florestal, barreiras físicas de proteção costeira e diretrizes para uso do solo, além de protocolos comunitários. Nos bairros mais expostos aos riscos climáticos, as iniciativas são orientadas para promover o financiamento dos projetos e a justiça ambiental.

2 HAWAI‘I EMERGENCY REEF RESTORATION
Estados Unidos

É um coalizão formada pela The Nature Conservancy (TNC) em parceria com agências governamentais, organizações comunitárias, cientistas e grupos locais, com o objetivo de responder rapidamente aos danos causados aos recifes de corais do Havaí por tempestades tropicais e furacões. Essa rede foi estabelecida após a implementação da primeira apólice de seguro para recifes de corais nos Estados Unidos. A Hawai‘i Emergency Reef Restoration Network utiliza os pagamentos do seguro para reparar e restaurar rapidamente os recifes de coral danificados pela tempestade. Ao proteger a integridade estrutural desses recifes, a apólice não apenas reduz os impactos de marés de tempestade sobre a terra, mas também protege uma parte vital da cultura, do modo de vida e da economia do Havaí.

3 RETRATOS DAS ENCHENTES
Brasil

Mapeamento sobre os riscos e impactos das enchentes em três territórios periféricos no Brasil. Identificação de soluções locais e comuntiárias de Adaptação. Trata-se de uma pesquisa liderada pelo Instituto Decodifica e feita por quem sofre com o racismo ambiental, trazendo os saberes e experiências de quem é diretamente impactado pelas mudanças climáticas.

4 PAVIMENTAÇÃO ECOLÓGICA
Pará, Brasil

Solo permeável, água livre de contaminação e a redução da sensação térmica de calor. Essas são algumas das vantagens da pavimentação ecológica. A Cidade de Belém e especialmente as suas ilhas correm o risco de ter seu solo contaminado e impermeabilizado pelo asfalto. O projeto surge a partir de uma demanda de comunidades da Ilha Caratateua.

5 PERIFERIA SEM RISCO
Recife, Brasil

Iniciativa desenvolvida pelo GRIS Espaço Solidário em parceria com o Departamento de Geografia da UFPE, na Vila Arraes. Tem como objetivo promover o engajamento comunitário para prevenir e mitigar os riscos provenientes de eventos climáticos extremos, especialmente chuvas e inundações. A ação abrange desde o mapeamento participativo das áreas de risco no território até a criação de redes de comunicação comunitária para alerta precoce, além da organização de brigadas locais de acolhimento e resposta rápida para apoiar famílias afetadas. Trata-se de uma estratégia de gestão comunitária de risco que fortalece a autonomia dos moradores, articula saberes locais e acadêmicos, e promove a construção coletiva de soluções para a segurança climática nas periferias.

6 REFRESCA SP
São Paulo, Brasil

Em parceria com a prefeitura de SP, o Instituto Alana tem provocado a ampliação dos espaços verdes nas escolas, como medida de Adaptação ao calor. O projeto, batizado de Refresca SP, tem o objetivo de transformar a infraestrutura escolar, trazendo a natureza para o centro, e implementar medidas que favoreçam o uso de espaços verdes dentro das escolas e em seus entornos. Com isso, a iniciativa busca ampliar a conexão e o vínculo das crianças e adolescentes com a natureza, o protagonismo em sua conservação e também amenizar os impactos das mudanças climáticas.

7 MODELO DE GESTÃO CONTRA INUNDAÇÕES
Holanda

Cidades holandesas são exemplos de Adaptação Climática, com o gerenciamento de risco de inundação, um elaborado sistema de barragens, comportas, barreiras contra tempestades, diques e outras medidas de proteção. O programa Delta e a iniciativa Valuing Water buscam integrar infraestrutura e soluções baseadas na natureza, planejamento urbano e participação pública, com a participação de especialistas em gestão da água, sociedade civil e autoridades de todos os níveis de governo.

8 GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS
Suécia

Um exemplo de como o bairro de Augustenborg, em Malmö (Suécia), renovou sua infraestrutura de drenagem urbana com soluções sustentáveis (SUDS): canais, pântanos de retenção e telhados verdes para conter inundações recorrentes, recuperar áreas degradadas e tornar o espaço mais resiliente às chuvas intensas.

9 J-ADAPT TOOLKIT
Quênia

O J-ADAPT Toolkit é uma ferramenta inovadora desenvolvida pelo Environmental Change Institute (ECI) da Universidade de Oxford, em colaboração com a Howden Foundation. Com abordagem de Adaptação Climática Justa, o J-ADAPT é uma plataforma de código aberto que integra dados sobre vulnerabilidades sociais e locais de comunidades com análises de riscos naturais, como secas e inundações. Isso permite que investidores, seguradoras e governos identifiquem em tempo real as comunidades mais necessitadas de apoio, facilitando a alocação de recursos. Atualmente, o J-ADAPT está sendo testado no Quênia, com a intenção de expandir seu uso para outras regiões do Sul Global.

10 SEEDS
Índia

A Sustainable Environment and Ecological Development Society é uma organização indiana que contribui para que comunidades vulneráveis construam resiliência. Para identificar residências em risco ao calor extremo em Nova Délhi, uma ferramenta inovadora combina mapeamento térmico baseado em IA, imagens de satélite e dados meteorológicos locais. Após identificar 1.450 lares mais vulneráveis, a SEEDS trabalhará na instalação de soluções naturais de resfriamento para aumentar o conforto térmico das edificações, além de colaborar com autoridades locais para defender a adoção dessa abordagem em outras regiões do país. A iniciativa inclui o treinamento dos moradores em técnicas de isolamento de telhados capazes de reduzir as temperaturas internas em até 6 a 8 graus Celsius, utilizando sacos de juta, esteiras de bambu e trepadeiras verdes.

11 TRANSFORMANDO ESTRADAS NA ÁFRICA
Etiópia

A MetaMeta Research recebeu investimento da Global Resilience Partnership para transformar a forma como as estradas são planejadas e construídas na Etiópia e Quênia, introduzindo projetos inovadores e diretrizes aprimoradas para coletar água da chuva, prevenir a erosão do solo e melhorar o uso da terra à beira da estrada.

12 AEROPORTO DE TUVALU
Ilha do Oceano Pacífico

Propõe soluções como drenagem subterrânea, monitoramento da umidade e técnicas de engenharia adaptadas a atóis costeiros. Estudo mostra como o aumento do nível do mar e flutuações no lençol freático estão danificando a pista do aeroporto de Funafuti, causando deformações, bolhas, sulcos e rachaduras. Os danos à infraestrutura aeroportuária de Tuvalu podem afetar significativamente os aspectos econômicos e sociais da comunidade.

Trabalho e Emprego adaptados

1 MULHERES RECEBEM SEGURO PARA NÃO TRABALHAR EM DIAS DE CALOR EXTREMO Índia

A Climate Resilience for All (CRA) é uma ONG liderada por mulheres dedicada a fortalecer e apoiar mulheres e comunidades vulneráveis contra os impactos do calor extremo. Por meio da iniciativa de Seguro e Meios de Subsistência para Choques Climáticos Femininos (WCSI), fornece apoio de renda diretamente às mulheres que trabalham no setor informal quando há ondas de calor prejudiciais. As temperaturas sufocantes acionaram o seguro e a assistência em dinheiro, fornecendo subsídios para 50 mil mulheres que trabalham no setor informal em três estados da Índia.

Capacitação Para Adaptação Climática

1 MUNICÍPIOS VERDES
Honduras

Capacitação sobre Adaptação Climática com governos locais. A iniciativa busca preencher a lacuna de conhecimento e linguagem sobre Adaptação nas municipalidades, oferecendo espaços de capacitação e intercâmbio entre responsáveis ambientais e setores de saúde e cultura para integrar as plantas medicinais em planos locais de Adaptação, além de apoiar a formulação de projetos alinhados a soluções baseadas na natureza e sua conexão com fundos climáticos globais.

2 REDR UK
Afeganistão e Somália

A RedR UK é uma ONG dedicada ao fortalecimento de capacidades humanitárias. Por meio do trabalho em rede, capacita trabalhadores humanitários para enfrentar desafios climáticos em regiões propensas à seca na Somália e no Afeganistão. Os treinamentos abordam resposta à seca, gestão e planejamento de resiliência, com o objetivo de desenvolver ainda mais os trabalhadores de linha de frente em áreas de alto risco climático. O programa apoiado pela Howden Foundation busca reduzir a dependência de assistência externa, ao mesmo tempo em que empodera atores locais para gerenciar os desafios climáticos de forma independente. Isso inclui fornecer habilidades para realizar avaliações de risco e adotar ações preventivas, com um enfoque crítico em abordagens sensíveis ao gênero frente às mudanças climáticas.

3 ASHDEN CLIMATE SOLUTIONS
Quênia e Uganda

A Ashden Climate Solutions (Ashden) atua para impulsionar a inovação climática no Reino Unido e no Sul Global. O trabalho com pessoas deslocadas em campos de refugiados no norte do Quênia e em Uganda inclui financiamento direto, assistência técnica e apoio em comunicação para nove organizações lideradas por refugiados, ajudando-as a expandir seu trabalho e atrair a atenção de doadores, investidores e da comunidade de financiamento climático. O programa foca em soluções que ofereçam às comunidades acesso a tecnologias energéticas limpas, confiáveis e acessíveis, que permitam adaptar-se às mudanças climáticas e aumentar a resiliência à seca e ao calor extremo, como irrigação solar, redução de desmatamento e sistemas de resfriamento doméstico.

4 OBSERVATÓRIO DO CALOR COMPLEXO DO ALEMÃO
Rio de Janeiro, Brasil

Uma parceria da ONG Voz das Comunidades e Secretaria do Meio Ambiente e Clima do Rio de Janeiro para monitoramento do calor na favela, com espaço para debate e busca de soluções baseadas na natureza com protagonismo dos moradores. O projeto prevê a seleção e treinamento de seis residentes do Complexo do Alemão como pesquisadores, promovendo a geração cidadã de dados. Esses pesquisadores locais, de diferentes idades e vivências, serão equipados com termômetros digitais e capacitação técnica para monitorar a temperatura em pontos estratégicos da favela três vezes ao dia.

Programas de apoio a projetos

Teia de Soluções

Esta chamada busca práticas inovadoras que adotem Soluções Baseadas na Natureza (SBN) como estratégia central para fortalecer os municípios costeiros e/ou áreas impactadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul (Brasil).

Regenera RS

Fundo filantrópico-catalítico para impulsionar soluções inovadoras e mudanças sistêmicas, construindo um Rio Grande do Sul muito mais resiliente e preparado para o futuro.